São mais de 5 mil pés plantados. Na safra passada foram colhidas 2,5 mil frutas
Quando Claudiomiro Weizenmann decidiu plantar as quatro mudas de abacaxi que o pai Camilo havia ganho, imaginou que seria apenas um hobby, uma fruta a mais para fazer um suco ou comer in natura, caso vingasse.
Só não sabia que o cultivo seria mais uma alternativa de renda. “O clima aliado ao cuidado fez as plantas de multiplicaram. Hoje já temos mais de 5 mil em frutificação”, comenta Camilo.
Mesmo com pouco conhecimento sobre a cultura, Claudiomiro, com ajuda da irmã Margane, enxergou na produção de abacaxis uma oportunidade. Passou a buscar informações sobre manejo e a investir no negócio com o olhar no futuro, apesar das dificuldades.
“Eu gosto de trabalhar na atividade leiteira, afinal é nossa principal fonte de renda. No entanto, os abacaxis são uma ótima opção. O sabor é incomparável, sem falar dos benefícios para a saúde”, afirma.
Nas horas de folga, a dedicação é total à cultura. Na área onde tem mais de 10 mil plantas em crescimento, nunca foi aplicado qualquer tipo de agrotóxico. “Isso faz toda diferença para quem compra. Aliás, o alimento precisa ser saudável”, entende.
A limpeza é feita com enxada e a adubação com esterco de animais. As pragas são controladas com produtos naturais. Na última safra, uma das dificuldades foi a falta de chuvas e o forte calor. “Muitas frutas queimaram e o calibre ficou pequeno. Mesmo assim, a qualidade estava boa”, conta.
As mais de 2,5 mil frutas colhidas foram vendidas in natura ou descascadas para fabricar suco. O valor da unidade variou entre R$ 2 e R$ 2,50.
Orientação técnica
A lavoura, a qual ocupa uma área de 3.450 metros quadrados recebe acompanhamento técnico da Emater. Conforme o chefe do escritório local, Arthur Eggers, o plantio é uma excelente opção de renda para pequena propriedade familiar.
Entre os cuidados destaca a cobertura do solo, a qual pode ser feita com palha resultante da semeadura de aveia. “O abacaxizeiro não suporta temperaturas muito baixas ou geadas, sobrevivendo por períodos curtos em temperaturas abaixo de 5°C. Por isso o indicado é plantar em locais com maior proteção e assim diminuir o risco”, ensina.
Para proteger a fruta do sol, recomenda embalar com folha de jornal ou cobrir com palha, quando estiveram na fase de amadurecimento. “Evita que queimem e assim percam a qualidade”, observa.
Atenção ao solo
Já a terra deve ser bem drenada, pois umidade em excesso favorece o surgimento de doenças. Quanto ao espaçamento, o ideal é deixar entre 80 e 120 centímetros entre as filas e de 20 a 40 cm entre as plantas, média de 33 mil mudas por hectare.
A primeira colheita ocorre entre 24 e 30 meses após o plantio, recomendado para os meses de agosto e setembro. As variedades mais comuns cultivadas no Estado são o Pérola (precoce) e o Boituva (tardio).
As frutas são colhidas entre janeiro e março. “A venda é garantida, pois temos pouca oferta aqui na região. A maioria das frutas é trazida de outros municípios ou Estados”, finaliza Camilo.
Fotos Divulgação
Assessoria de Imprensa de Forquetinha