Assunto foi abordado na assembleia geral dos prefeitos realizada no dia 19, em Santa Clara do Sul
A possível suspensão da vacinação contra a febre aftosa no Estado foi um dos assuntos debatidos pelos prefeitos na assembleia geral da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), realizada no dia 19, em Santa Clara do Sul. A demanda foi levada aos prefeitos pela Associação dos Secretários da Agricultura dos Municípios do Vale do Taquari (Asamvat), que está preocupada com a situação. O presidente da entidade, Marco Aurélio Rohr, e o secretário da Agricultura de Estrela, José Adão Braun, expuseram os prós e contras da medida.
Conforme Braun, é necessário que se faça uma reflexão com responsabilidade sobre os pontos negativos e vulneráveis, pois trata-se de uma doença altamente contagiosa.
“Entendemos ser possível a retirada da vacinação desde que sejam cumpridas todas as exigências impostas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), através do Ministério da Agricultura, na implantação de medidas eficazes, capazes de assegurar a isenção da doença e oferecer tranquilidade ao setor produtivo”, destacou o secretário. Segundo ele, a suspensão deve vir acompanhada da criação de um fundo específico para possíveis indenizações de perdas proporcionadas ao setor produtivo, em caso do surgimento da doença.
Ele observou, por outro lado, que a suspensão da vacina conferiria ao RS o status de “livre sem vacinação”, o que colocaria o Estado em outro patamar em conceito sanitário, principalmente nos mercados internacionais. “Este é um ponto positivo, mas é preciso analisar os outros aspectos, para assegurar que não ocorram focos da doença”, reforçou. O presidente da Asamvat, Marco Rohr, advertiu que, no caso de haver um foco da doença, o valor disponível no Fundesa é suficiente apenas para cobrir indenizações de um município. Este fundo foi criado pelas cadeias de produção e genética da avicultura, suinocultura, pecuária de corte e de leite para garantir aos seus contribuintes a indenização de enfermidades infecto-contagiosas, como a febre aftosa, por exemplo. Diante das ponderações, Amvat e Asamvat vão realizar, em outubro, audiência com lideranças regionais e estaduais para aprofundar os debates sobre a desobrigação de vacinar contra a doença.
Na assembleia, dirigida pelo presidente Jonatan Brönstrup, foi aprovada também a participação da Amvat no custeio de projeto de sinalização turística para o Vale do Taquari. Também houve a participação do coordenador de Subárea do IBGE, Paulo Hamester, sobre o Censo 2020, cujas reuniões preparatórias nos municípios serão realizadas a partir do próximo dia 30, e do assessor especial da Superintendência Comercial do Badesul, Diego Castro, que apresentou linhas de crédito oferecidas pela instituição aos municípios. A próxima assembleia da Amvat está agendada para o dia 18 de outubro, em Fazenda Vilanova.