Começo esse artigo com a proposta de iniciar um seguimento de informações importantes para produção leiteira na agricultura familiar. Vou trazer materiais já publicados por autores renomados na área, e montar um cronograma expondo o cenário da cadeia produtiva, produção de alimento na propriedade, fisiologia da vaca e qualidade do leite.
Nesse primeiro, trago um texto publicado pelo Zootecnista, M. Sc. e Assistente técnico estadual da Emater Jaime Eduardo Ries, exponho uma reflexão do negócio em si e sua viabilidade.
“O Rio Grande do Sul produz anualmente um total de 4,5 bilhões de litros de leite o que posiciona o Estado como o terceiro maior produtor do país, com aproximadamente 13,0% da produção nacional. Diariamente, são entregues às indústrias uma média de 11,3 milhões de litros para uma capacidade industrial instalada de 18,7 milhões de litros/dia.
O rebanho leiteiro gaúcho é composto por 1,3 milhão de vacas, sendo predominantemente formado por raças europeias especializadas, Holandesa e Jersey, que, como raças puras, ou cruzadas entre si, representam 93,6% do material genético utilizado nas propriedades.
A produtividade é a maior do Brasil, atingindo 3.839 litros/vaca/ano, ou 12,6 litros/vaca/dia, quando se consideram apenas as propriedades que comercializam leite cru para as indústrias.
Existem no Estado 65.202 produtores de leite vinculados às indústrias, distribuídos em 465 municípios, representando 93,6% do total. Outros 11.339 produtores obtém renda da atividade através da venda de leite cru ou de derivados lácteos de fabricação caseira diretamente aos consumidores, totalizando 76.541 produtores gaúchos que possuem no leite uma atividade econômica.
Dos produtores de leite vinculados às indústrias, 35.802 produtores, ou 54,9% do total, produzem até 150 litros de leite/dia, enquanto que, apenas 11.831 produtores (18,1%) produzem mais de 300 litros de leite/dia.
Nos últimos anos, a atividade leiteira no RS vem experimentando um intenso processo de seleção, com redução significativa no número de produtores, principalmente aqueles de menor escala de produção. Os produtores que permanecem na atividade, por sua vez, estão se especializando cada vez mais, através de maiores investimentos em tecnologias, instalações e equipamentos para aumentar a produção e garantir a qualidade do produto.
A produção leiteira continua tendo um significativo potencial de desenvolvimento no Rio Grande do Sul, em função, entre outros fatores, das condições edafoclimáticas favoráveis, qualidade genética do rebanho, possibilidade de cultivar forrageiras de inverno e verão de excelente qualidade e da mão de obra familiar.
Fonte: http://www.emater.tche.br/site/area-tecnica/sistema-de-producao-animal/bovinos-de-leite.
Higor Teixeira Barcelos 1
Tec. Agrº. Higor Teixeira Barcelos
Emater/RS Ascar