Textos selecionados participam agora da fase estadual, que ocorre de 26 de setembro a 11 de outubro
A Comissão Julgadora Municipal escolheu, na tarde desta terça-feira (27.08), os textos dos alunos das escolas de Estrela que participaram da Olimpíada de Língua Portuguesa, concurso de produção de textos para alunos de escolas públicas de todo o país. O tema das produções da edição deste ano é “O lugar onde vivo”, com o objetivo de levar os estudantes a estreitar vínculos com a comunidade e aprofundar conhecimentos sobre a realidade local.
Na categoria Poema (para estudantes do 5° ano do Ensino Fundamental) o escolhido, com o título “O lugar onde vivo”, é de autoria do aluno Calebe Samuel Severo Carpes, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ruth Markus Huber. Na categoria Memórias Literárias (alunos do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental) o selecionado pela comissão é do aluno Nícolas Bazanella Mallmann, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pinheiros. Já na categoria crônica (alunos do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental) a vencedora, com o texto intitulado “Escola: meu mundo”, foi a aluna da Escola Municipal de Ensino Fundamental Odilo Afonso Thomé, Máxsuely Josiane de Castro.
A Olimpíada de Língua Portuguesa é uma iniciativa do Ministério da Educação e do Itaú Social, e integra as ações desenvolvidas pelo Programa Escrevendo o Futuro. Os textos selecionados no município participam agora da etapa estadual, que será de 26 de setembro a 11 de outubro. De 23 de outubro a 19 de novembro ocorre a fase regional, com a seleção de 173 alunos finalistas da olimpíada. A etapa nacional será no dia 28 de novembro, com a escolha dos 28 alunos vencedores. No dia 9 de dezembro será o evento de premiação.
Confira os textos vencedores:
Categoria: Crônica
Autor: Máxsuely Josiane de Castro – Emef Odilo Afonso Thomé
Título: Escola: Meu Mundo
Eu descrevo este lugar como minha segunda casa, meu porto seguro, local onde passei parte da minha infância crescendo e aprendendo.
Lugar onde conquistei amizades verdadeiras, que trago comigo nessa não tão longa caminhada. Esse espaço foi o meu abrigo. Onde pude me esconder das grandes tempestades dessa vida, onde pude ver quem realmente estava ao meu lado, e onde também aprendi o que era amizade e companheirismo.
Foi nesse lugar que aprendi muitas coisas, criei histórias felizes e que hoje me orgulho em contar. A metade de tudo o que sei ou vivenciei foi aprendizado de uma vida na escola.
Aprendi a fazer escolhas, tomar as decisões certas, também errei e constatei que até o erro nos ensina algo.
Ganhei novas mães, novos pais, novos irmãos e novas irmãs que ajudaram a construir o ser humano que sou hoje. Essas pessoas maravilhosas me ensinaram o valor da honestidade e da sinceridade, e que a dedicação sempre torna um sonho possível. E me fizeram perceber que acolhimento tem muito mais a ver com aceitação e apreciação das minhas qualidades, assim como me permitiram amadurecer com meus defeitos.
Em síntese, a escola foi e continua sendo meu lar familiar, e nela reconheço que os quadros representam o espelho da vida, o que fizemos no hoje, para tornar – se reflexo no amanhã. Os professores atingiram o legado de mestres, que me ensinaram com carinho a ser uma pessoa melhor.
Nunca esquecerei os bons momentos que vivenciei como estudante, pois a vida nos mostra que a escola, com sua estrutura de sala de aula é um ensaio para a vida adulta, e que sentiremos saudades de todas as risadas, alegrias, companhias e momentos compartilhados nesse lugar.
Categoria: Memórias literárias
Título: No meu tempo…
Autor: Nícolas Bazanella Mallmann – Emef Pinheiros
Era um dia chuvoso, eu estava entediado pois não tinha nada para fazer, então meu avô me chamou:
– Oooo meu netinho, venha aqui! Vou te contar a história de quando eu ainda trabalhava!
Comecei a trabalhar em 1970, como construtor, na antiga fábrica da Polar pois estavam expandindo a fábrica, que naquele tempo andava a todo vapor.
O tempo foi passando, e aos poucos, a obra estava chegando ao fim.
Em 1973, recebi uma notícia esplêndida do meu chefe, que disse:
– Eu vi você trabalhando e reparei que é muito esforçado e dedicado! Então, você ganhou um aumento! E, a partir de agora, não vai mais trabalhar com martelo… vai para o setor de cozimento de cerveja.
E lá eu trabalhei por 24 anos cozinhando cerveja.
Os piores meses eram de agosto até março, pois começava o verão e as vendas triplicavam. Eu cozinhava 16 cozimentos de 180.000 litros, tudo isso em apenas um dia.
Eu me deslocava até o meu trabalho de bicicleta, eram sete quilômetros e meio todos os dias, fizesse chuva ou sol, no chão batido, eu estava lá!
Trabalhei durante 27 anos na fábrica, e em todo esse tempo eu usei 5 bicicletas.
Viu meu neto, como era difícil a minha vida?
Nesse momento, meu avô me olhou…. eu já estava dormindo!
Categoria: Poema
Título: O lugar onde vivo
Autor: Calebe Samuel Severo Carpes – Emef Ruth Markus Huber
No lugar onde eu vivo
Costumamos tomar chimarrão
E num dia agradável
Ir ao belíssimo parcão
Na minha cidade
As crianças amam sonhar
Um sonho tão lindo
Que pode se realizar
Ao andar pela rua
Alguém sempre dará bom dia
Pode até estar cansado
Mas será com alegria
Aqui se você vier
Será bem recebido
Ao andar pela cidade
Encontrará um ótimo amigo
Em Estrela o Natal
É sempre muito bonito
Podemos apreciar a decoração
Num passeio de Smelito
Com a decoração natalina
Você vai se encantar
A felicidade vai aparecer
E a alegria te comover
Texto e foto: Paulo Ricardo Schneider
Assessoria de Imprensa Prefeitura de Estrela