Projeto pedagógico busca transformar desejos das crianças, professores e da escola em objetivos comuns a serem alcançados
Localizada no Bairro Boa União, o mais populoso de Estrela, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professora Ruth Markus Huber conta hoje com 209 alunos, mais de cem deles na Educação Infantil. Conhecido por sua multiplicidade de ações, o educandário conta em 2019 com um projeto especial. O programa “Sonhos – Vamos sonhar juntos?” norteia uma série de propostas pedagógicas e diversificadas atividades paralelas que têm como objetivo estimular a autoconfiança e empoderamento das crianças, os motivando a acreditar na capacidade de sonhar e transformar a concretização destes em metas. Tanto que elas já trabalham em muitas frentes que eram antigos desejos, e a escola que completa 20 anos começa a ganhar nova praça e outros espaços de convivência, lazer e uso.
A justificativa do projeto Sonhos, apresentado aos professores, pais e alunos foi explícita quanto ao seu objetivo: “Para cada ano que se inicia, sonhos são desenhados e planejamentos são estruturados. Tudo o que existe hoje, que foi inventado, um dia foi sonhado”. A diretora Sabrina Scheer dos Santos frisa. “Um sonho é apenas um desejo até o momento que você começa a atuar sobre ele e transformar em uma meta. Incentivar a educação e os sonhos de uma criança é uma forma de plantar uma semente que pode dar frutos positivos no futuro”, diz. Segundo a diretora, o desafio é permitir que essa travessia entre o sonhar, projetar e realizar se cumpra de forma saudável e construtiva, de preferência também mais divertida. “Equilibrando exigências de passar conteúdos e conhecimentos, coma a necessidade de estimular o aluno a confiança, a autoestima, as competências emocionais e sociais para compreender a si mesmo, interpretar e interagir com a realidade e, assim, superar os desafios da vida e construir seu futuro”, afirma. “A instituição de ensino tem a importante tarefa de orientar os alunos, de guiá-los e ajudá-los a transformar seus sonhos em metas e se possível realidade, em projetos a serem realizados no decorrer de toda a vida, com serenidade e com satisfação, mas sabendo também lidar com a possível decepção”, completa.
Assim, mais de 20 propostas e situações de aprendizagens à nível de escola foram apresentadas e colocadas em prática, tanto no turno escolar como por meio do Projeto Integração, quando no turno inverso permanecem na escola envolvidos em oficinas e outras atividades. E estas propostas ou já foram realizadas, estão em execução ou ainda serão aplicadas. O “Hora do Conto”, que reservam momentos dedicados a histórias e músicas semanais; e o “Jardim dos Sonhos”, que visa o cultivo de flores no pátio da escola; estão em plena execução. O “Mala dos Sonhos” traz relatos de ex-alunos ou pessoas da comunidade que descrevem, pessoalmente, sonhos de vida realizados. O de Maiqueli Moraes, que começou a jogar bola no pátio da escola e sonhava ser jogadora de futebol, e hoje é atleta do Inter, foi um dos casos que mais chamou a atenção dos pequenos. Com o “Transformando Sonhos em Livros”, são os próprios alunos escrevendo histórias sobre sonhos, e estes deverão ser publicados em livros no fim do ano. A Casa dos Sonhos é um dos projetos mais adorados por todos. As casinhas de material situadas no pátio, utilizadas para brincadeiras e outras tarefas, existiam. Mas careciam de melhorias. Agora já recebem novas pinturas e alunos trabalham na decoração e no mobiliário, construídos por eles a partir de objetos recicláveis. As crianças também cuidam do jardim, da horta e mesmo do espaço dedicado aos temperos.
Outros “sonhos” buscam promover o bem social. É o caso da campanha “Eu ajudo na lata”, que consiste na coleta de lacres para a Unimed, utilizados na posterior produção de cadeiras de rodas. Já o “Sonhos e brincadeiras de Infância” pretende, em outubro, oportunizar, momentos de integração em um “Piquenique dos Avós” na escola e uma tarde de integração na Vovolândia. As metas da escola, que objetivam melhores condições de trabalho a professores e funcionários; e social por parte dos alunos, não foram esquecidas. Um antigo desejo do educandário é a criação da banda marcial “Sonho Musical”. Existia os instrumentos, mas não o professor de música, algo que agora já se conseguiu também. A praça da Educação Infantil deve ganhar novos brinquedos e parte do terreno um piso de material. Outros sonhos, como a cobertura da quadra de esportes, são mais complicados de se concretizarem ainda no ano de aniversário, mas não deixaram de serem metas. (A lista completa dos projetos pode ser conferida abaixo).
Texto: Rodrigo Angeli
Assessoria de Imprensa Prefeitura de Estrela