Um projeto a ser executado a médio e longo prazo deverá mudar o cenário industrial de Venâncio e região. Com os planos iniciais, estudos e tratativas a serem executadas ao longo deste ano, a instalação de um Parque Hidroviário em Vila Mariante “não é penas um sonho”.
A afirmação do Prefeito Giovane Wickert foi feita na reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) no fim da tarde de terça-feira, 28. “É um estudo bem fundamentado, que não fica apenas no sonho. Pois o desejo para uma reativação de porto em Mariante tem pautado sempre muitas discussões há muitos anos.”
A ideia discutida no encontro ganhou força após assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre Venâncio – sem ônus para o Município- e Associação de Hidrovias do RS, que indicou a Capital do Chimarrão entre os 12 municípios de 67 banhados por rios e que tem potencial para desenvolver o transporte hidroviário no Rio Grande do Sul. Com a assinatura do Termo realizada em dezembro, Venâncio é o segundo Município do estado a oficializar a parceria com a Associação de Hidrovias do RS. O primeiro município foi General Câmara. Rio Pardo também tem mostrado interesse, segundo o presidente da Associação de Hidrovias, Wilem Manteli. “Mas o Rio Taquari se mostra muito estratégico e Mariante já teve um porto.”
De acordo com Manteli, a viabilização do projeto será por estágios. Para este ano ainda está programado um estudo técnico e discussões com a comunidade e empresários locais e da região. Além disso, será feita a avaliação do potencial de instalação e a consolidação da área, que inicialmente está prevista para ser, de 800 hectares, no lado esquerdo sentido Venâncio-Capital, após a ponte. “O que se apresenta aqui não são ações imediatas, mas uma caminhada a médio e longo prazo, em etapas. A ideia é de quem dois anos tenham-se investimentos básicos, de área pública. Depois do processo de maturação, nos cinco/dez anos seguintes, devemos ter um êxito maior, com mais avanços”, explica o Presidente da entidade, que é formada por representantes da Fiergs, Farsul, Federasul, Famurs, Federarroz.
Manteli ainda salientou que as ferrovias e hidrovias devem ser as novas alternativas de transportes no país. “As hidrovias tem dez por cento do custo de uma rodovia para estado, município, concessionárias. Precisamos explorar esse meio, como nossos antepassados, as empresas precisam de logística, é o fator de competitividade, é o diferencial. O problema é saber deslocar pelo menor preço possível. A proposta é atrair indústrias, turismo, pesca.” Ele ainda destaca que “as hidrovias no RS são portas para ampliação de negócios com o Mercosul e exterior, a partir de acesso ao porto marítimo de Rio Grande.”
O Engenheiro Naval responsável pela Synthesis, empresa de gestão em serviços empresariais e que vem encabeçando o projeto, Francisco Miguel de Almeida Pires, apresentou exemplos e uma ideia do que está sendo pensado para Mariante. “Não se está projetando um porto, mas sim um Parque/terminal hidroviário, um parque produtivo, condomínio industrial. Também não imaginamos mais um cais dentro do rio. A proposta é tirar o rio da sua margem e levar para dentro do Parque, com bacia artificial, preservando assim a mata ciliar e fazendo com que as embarcações adentrem ao parque, preservando a geografia do rio, não instalando ao longo do braço. Será um local privado, com frações/lotes que poderão ser vendidos, numa área preparada e acessos seguros”.
Texto: Vanessa Behling/AI PMVA
Crédito foto: Leandro Osório/AI PMVA
Assessoria de Imprensa de Venâncio Aires