Aulas gratuitas são oferecidas pelo Cras de Estrela e oportunizam, além de momentos de lazer, oportunidade de renda extra
O caminhar de algumas mulheres moradoras do loteamento Nova Morada, nas segundas e quintas-feiras à tarde, tem destino certo: o container adaptado onde hoje funciona a extensão local do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). É no núcleo da Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação (Sedesth) que aulas da Oficina de Artesanato Cras/Nova Morada são oferecidas gratuitamente a elas. Além de momentos de diversão, as aulas que fazem parte do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos têm proporcionado integração social e oportunidade de renda extra para a família de algumas das participantes.
As aulas são oferecidas desde abril pela professora Cristina Pedroso. Cerca de 20 mulheres participam das duas turmas. A oficina busca fortalecer os diversos vínculos das envolvidas. Algumas delas chegaram sem nenhum conhecimento técnico. Outras trouxeram noções básicas de casa. “Mas o avanço delas é rápido. Até porque o clima é muito descontraído. Não existe cobrança. Cada uma faz o que aprende ao seu ritmo”, explica a professora.
Nem todas se conheciam, ou apenas se cumprimentavam ao cruzarem as ruas locais. Hoje já trocam notícias sobre tudo, já se conhecem melhor e viraram amigas. Nos intervalos, momento para o chimarrão e provar alguma receita. Fabiana de Lima (47) começou há apenas três semanas. Deficiente física, não se importa de pegar as suas muletas e, independentemente do tempo, seguir até o Cras. Já é uma das que aguarda com ansiedade o dia que vai reencontrar as colegas de turma, as novas amigas. “Gosto muito. Espero sempre pelo dia das aulas. É quando aprendo coisas novas, faço coisas bonitas e dou muitas gargalhadas”, explica.
Algumas das alunas, como Carmem Schuster, Sabrina Flores Marques, Vilma Vaz e Adriana da Silva Micolin já produzem sozinhas em casa alguns produtos com as técnicas que aprenderam com a professora. Carmen Schuster (49) é uma das mais animadas com o seu progresso. “Fazia algumas coisas, como de crochê. Já aprendi muitas outras aqui. Uni estas técnicas e agora, em casa, produzo produtos como puxa-sacos, enfeites de portas, caixinhas para guardar objetos e outros. Estão muito bonitos. Mas quero aprender mais”, garante. E ela ressalta o motivo do entusiasmo. “Gente conhecida aqui do Nova Morada e demais lugares passaram a me pedir estes produtos para presentear amigos, familiares. Coloquei nas redes sociais e passei a receber pedidos de pessoas que não conhecia. Hoje já ganho um valor mensal com isso, e que ajuda muito lá em casa”, revela ela.
O titular da Sedesth, José Itamar Alves, fez na última semana mais uma visita de rotina ao loteamento. Aproveitou para ir até a oficina e avalia. “Ela tem cumprido com o seu objetivo. De fato está fortalecendo vínculos sociais, valorizando a convivência entre as moradoras, dando orgulho a elas e seus familiares de viverem aqui, além de proporcionar momentos de lazer e criar mais do que um hobby, um passatempo terapêutico, e sim alternativa de renda.” Sobre a utilização do espaço, relembra. “A locação desse container vem de encontro ao objetivo de prestar serviços de assistência social a famílias que residem em locais de difícil acesso, possibilitando adaptações às condições locais específicas para desenvolver o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e demais serviços de Proteção Social Básica, assim como a inclusão ou atualização cadastral das famílias no Cadastro Único”, afirma. Mais informações sobre horários e vagas podem ser obtidas no local e na Sedesth pelo telefone 3081-1052.
Texto: Rodrigo Angeli
fotos: Rodrigo Angeli
Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Estrela