A notícia da possível paralisação foi recebida com receio pelo produtor André Quinot, de Araguari. Acredita em um colapso em toda cadeia, com elevação nos custos com água e ração. Ele atua na recria de matrizes e por lote aloja em torno de 4 mil animais.
“A mortalidade vai aumentar. Não tem como manter o suíno gordo por mais 15 dias no galpão. Será um pesadelo. Se todos se cuidassem, seguissem as regras, nada precisaria ter parado por completo”, opina.
A integradora carregou 870 suínos para o abate na propriedade de Astor Hepp, na Várzea na semana passada. “Se um animal que está pronto para o abate morre o prejuízo chega a R$ 400. Quando estão gordos, tem que carregar. Cada um ingere média de 2,5 quilos de ração por dia. Imagina o custo a mais”, avalia.
Queda na arrecadação
O secretário da Agricultura de Forquetinha, Adair Pedro Groders projeta uma arrecadação menor. Do montante de R$ 28 milhões movimentados pelo setor agrícola em 2018, mais de R$ 18 milhões vieram do abate de suínos e aves.
“Foram mais de 1 milhão de cabeças alojadas em 2018. Com menos animais alojados, menor será a movimentação financeira. Já temos prejuízos com a estiagem e agora a pandemia. O cenário é assustador”, lamenta.
Para saber
Aves (nove produtores)
1.097.508 abates – R$ 6.761.184,48
Suínos (25 produtores)
27.666 abates – R$ 11.488.480,62
Fonte – Ano base 2018
Foto Prefeitura de Forquetinha
Assessoria de Imprensa de Forquetinha