De maio para junho, a produção industrial apresentou crescimento de 1,1%, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da melhora no cenário, os números divulgados nesta terça-feira, 2 de agosto, apresentam o pior resultado do semestre – retração de 9,1% – desde 2009 quando ficou em -10,3%.
O crescimento de 1,1% da atividade industrial na passagem de maio para junho de 2016 teve perfil disseminado de taxas positivas, alcançando as quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 24 ramos pesquisados. O IBGE indica que é o quarto resultado positivo seguido nesse tipo de comparação, acumulando crescimento de 3,5% nesse período.
Porém, conforme o Instituto, a indústria recuperou apenas parte da perda registrada ao longo de 2015 e ainda encontra-se 18,4% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. Em comparação com junho de 2015, a indústria recuou 6,0%. “É a 28.ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa desde junho de 2015 -2,5%”, conforme mostra a pesquisa. Ao considerar os últimos 12 meses, a redução de 9,8% em junho de 2016, acelerou o ritmo de perda, uma vez que em maio a retração foi 9,5%.
Influência
Entre os setores, a principal influência positiva veio de veículos automotores, reboques e carrocerias, que chegou a marcar 8,4% e intensificar a expansão de 5,5% verificada no mês anterior. Outras contribuições positivas importantes vieram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal; metalurgia; confecção de artigos do vestuário e acessórios; artefatos de couro, artigos para viagem e calçados; produtos farmoquímicos e farmacêuticos; e produtos de borracha e de material plástico.
Entre os seis ramos com queda na produção, os desempenhos mais significativos foram produtos alimentícios; bebidas; coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e celulose; papel e produtos de papel.
Texto: Ascom CNM