Uma varredura das digitais dos quase 65 milhões de eleitores já cadastrados biometricamente revelou centenas de casos de coincidência biométrica. Ao todo, são 25.301 títulos nessa situação. Os dados foram divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que avaliou as ocorrências até o dia 9 de outubro.
As informações foram apontadas pelo Sistema Automático de Identificação de Impressões Digitais. A tecnologia permite fazer um batimento eletrônico das 10 impressões digitais de cada eleitor cadastrado em meio ao numeroso banco de dados da Justiça Eleitoral.
Utilizado desde 2014, o Sistema AFIS, como também é chamado, consegue comparar as impressões digitais relacionadas a 120 mil títulos eleitorais por dia. Ao final da análise biométrica, o TSE pode verificar não apenas os casos de duplicidade, que ocorre quando uma mesma pessoa tem dois registros eleitorais, como também de pluralidade, caso o eleitor tenha três ou mais títulos eleitorais.
De acordo com a última atualização emitida pelo Tribunal, o Estado de Alagoas se revela como o protagonista nos casos de coincidências biométricas. Do total de 3.028 ocorrências, 2.957 são de duplicidade de título e 75 de pluralidade. Em seguida, surgem os Estados de São Paulo, com 2.793 coincidências (2.615 duplicidades e 185 pluralidades), e de Goiás, com 2.144 ocorrências (1.631 duplicidades e 523 pluralidades).
Goiás também desponta no número de pluralidades de título. O Sistema identificou que uma única pessoa possuía 52 registos eleitorais diferentes. Outros dois cidadãos do estado foram detectados com 47 e 32 títulos diferentes, respectivamente. Já a unidade da Federação com menos coincidências biométricas é o Mato Grosso do Sul, com apenas 60 casos de duplicidade e nenhum de pluralidade.
Veja aqui os números por estado
Texto: Ascom CNM, com informações do TSE