O mês de novembro é marcado pelas ações do Novembro Azul, movimento mundial em prol da prevenção do câncer de próstata, o segundo tipo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. Por esse motivo, o exame preventivo é fundamental para o diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura do paciente.
No entanto, muitos homens ainda deixam de fazer o exame de toque retal e se expõem aos riscos da doença por puro preconceito. É justamente para combater esse tabu que foi criado o Novembro Azul, uma forma de ampliar o debate que antes ficava mais concentrado no dia 17 de novembro, quando é celebrado o Dia Mundial de Combate do Câncer de Próstata.
O movimento que teve origem na Austrália, em 2003, estendeu as programações para todo o mês de novembro e ganhou adesão em vários países, incluindo o Brasil. O exame de toque retal não afeta a masculinidade e demonstra o cuidado do homem com a prevenção de sua saúde e integridade.
São fatores de risco para desenvolver câncer de próstata: idade (65 anos ou mais em cerca de 65% dos casos); histórico da doença na família; ser da raça negra (maior incidência); hábitos alimentares inadequados, à base de gordura animal e pobre em frutas, verduras, legumes e grãos; sedentarismo e obesidade.
A adoção de hábitos saudáveis, como uma boa alimentação e a prática regular de atividade física podem ser favoráveis e aumentar a sobrevida dos indivíduos. Há estudos indicando que o consumo de alimentos ricos em vitaminas como A, D e E, minerais como o selênio, e compostos bioativos como os carotenoides presentes em frutas e vegetais de cor alaranjada, vermelha ou amarela (tomate, cenoura), além das leguminosas (feijão, ervilha), são componentes da dieta que têm efeito protetor.
Para diagnosticar precocemente os casos é preciso romper com o preconceito que atrapalha a prevenção e incutir nos homens a importância da conscientização e informação sobre o tema. É fundamental que os homens estejam atentos a sua saúde e sinais do organismo para observarem qualquer alteração e sintomas, e não hesitarem em procurar um médico para esclarecer dúvidas e realizar o exame anual de prevenção. Faça parte dessa luta!
Gabriela Tonini – Farmacêutica e Doutoranda do PPG em Epidemiologia – UFRGS