O 4º Encontro de ex-moradores do 1º Batalhão Ferroviário, ocorreu no Salão Paroquial de Muçum, no último domingo (18), quando mais de 300 pessoas puderam rever amigos e compartilhar histórias que marcaram época em Muçum. Segundo a organização do evento, compareceu ao salão antigos moradores e familiares de diferentes partes do Estado e até fora dele, quando se registrou a presença de uma comitiva de 30 pessoas vinda de Lages, em Santa Catarina.
Segundo uma das organizadoras, moradora do município de Roca Sales, Márcia Giongo, a quarta edição não foi diferente das anteriores, já que muitos dos ex-moradores já faleceram, mas as famílias continuam a marcar presença. “Fizemos estas reuniões para preservar a amizade e pela alegria de ver pessoas se reencontrando e se abraçando. Para isso, cobrimos algumas despesas tirando do próprio bolso”.
Ela destaca ainda a importância do período para a história do Brasil e guarda as lembranças com certa nostalgia. Márcia se refere a Ditadura Militar, período marcado por obras faraônicas, que até hoje são importantes para os municípios contemplados. “Era uma época em que a educação era de qualidade e o respeito prevalecia”, complementa.
O 1º Batalhão Ferroviário possui um vasto acervo de obras e realizações no Sul do País. São mais de 2.000 km de ferrovias, mais de 86 km de implantação e pavimentação de rodovias, 16 km de pontes e viadutos e quase 37 km de túneis ferroviários. O túnel “Nr 21” construído em Roca Sales, é um dos maiores da América Latina e o Viaduto 13, hoje pertencente a Vespasiano Corrêa, com seus 143 metros de altura e 509 metros de comprimento, é o segundo mais alto do mundo e o maior do Brasil em extensão. Além disso, a corporação é responsável pela construção da Ponte Brochado da Rocha, hoje o mais importante ponto turístico de Muçum.
O encontro teve o apoio da Administração Municipal, através da Secretaria de Ação Social, Cultura, Turismo e Desporto. A titular da pasta, Jacinta Casagrande, salienta a importância do que ela define como um momento de rememorar a história e destacar a cultura de Muçum, muito influenciada pela edificação das obras. “Não podemos deixar de amparar confraternizações alusivas a passagem do Batalhão por Muçum. São momentos que sempre nos emocionam pelo sentimento que os participantes guardam em relação ao período que viveram”.
Texto: Ascom Muçum